Em Buenos Aires, Siga La Vaca

Siga La Vaca, a parrilla favorita dos brasileiros em Buenos Aires tem uma simpática filial no charmoso Puerto Madeiro. Desde o início do ano, já tínhamos (eu e a minha Greicy) marcado com o Marshal e a Silvana uma refeição lá, pois nos encontraríamos na capital portenha, durante as férias de agosto.
O Marshal, por sinal, já tinha me falado muito bem do lugar, o que já é meio caminho andado. Ainda assim, procurei saber um pouco mais consultando, inclusive, um guia de restaurantes de lá que gosto muito, o Óleo. O Guía Óleo funciona com a colaboração dos seus visitantes, que atribuem notas e fazem comentários sobre os estabelecimentos.

Confesso que senti um friozinho na espinha: a avaliação, definitivamente, não era das melhores. Muitas reclamações sobre barulho, qualidade da carne, atendimento... Aparentemente a unanimidade ficou mesmo por conta da excelente localização da loja, no Puerto Madero. Tinha, ainda, que dar o devido desconto pelo fato de que a maioria dos clientes que deixaram comentários era portenha e que uma coisa que os incomoda deveras é a quantidade de visitantes brasileiros neste Siga La Vaca.

Agosto chegou e nos bandeamos para Buenos Aires. A visita combinada seria na noite em que chegamos mesmo. A primeira impressão? Excelente.... Bem decorado e com um ambiente muito agradável, o Siga La Vaca impressiona quem chega, seja pelo preço (ótima relação custo x benefício), seja pelo buffet e pela parrilla.

O Siga La Vaca trabalha com o sistema "todo incluido": paga-se um valor por pessoa (que pode variar entre 43 e 59 pesos - veja tabela em foto abaixo) e além de toda a comida, estão incluídas a bebida e a sobremesa. A bebida pode ser água, vinho, refrigerante ou chope. Detalhe: se a opção for vinho, serve-se uma garrafa de vinho (750 ml) por pessoa. O mesmo vale para o chope, que vem em uma jarra. Quando vi a quantidade de pessoas em nossa mesa, rapidamente multipliquei pelo número de garrafas de vinho que viriam e a sentença foi imediata: corria-se o risco de sairmos todos bêbados. O pessoal que curte vinho a fundo vai me crucificar por ler isso, mas o assemblage que eles servem é muito bom se considerarmos que está incluído no pacote e eu, que não tenho o costume de tomar vinho nas refeições, adorei. Ah! E se a escolha for vinho, a água mineral é liberada!

A parrilla em si é um capítulo à parte. Lá estão presentes os componentes tradicionais de uma boa parrilla: embutidos (chorizo e morcilla), "achuras" (molleja, riñón, rueda, chinchulín, tripa gorda), carne de gado (asado, vacío, colita de cuadril, matambre), suíno (carré, pechito con manta), frango... e vai por aí!

A carne fica exposta em uma parrilla em frente aos clientes que podem, livremente, escolher os pedaços que querem.

Além da carne, o buffet de saladas e acompanhamentos também merece registro: variado e com opções saborosas de pratos, é um concorrente à altura para as carnes da parrilla.

Para os que lembram daquele meu polêmico post, em verdade vos digo: a sobremesa é, de fato, sobremesa. É preparada e servida em porções individuais, devidamente empratada e pode ser livremente escolhida pelo cliente. As meninas pediram um vulcão de chocolate; o Marshal, profiteroles.

Eu fiquei com o tradicional: sempre que vou na Argentina faço questão de comer flan con dulce de leche. Apesar do cansaço das horas em aeroporto e checkin em hotel, fomos os últimos clientes a sair do Siga La Vaca.
Antes de ir embora de Buenos Aires ainda voltamos lá: desta vez para um almoço dominical. Embora mais cheio e mais barulhento que na primeira visita, ainda assim foi uma ótima experiência!

Seja lá como for, se você pensa em visitar Buenos Aires e ainda não conhece essa parrilla que já virou ponto turístico para os brasileiros, vai por mim: entre num dos tradicionais táxis preto e amarelo e diga ao motorista... "siga la vaca!!"

Siga La Vaca
Todos os dias, das 12 até o último cliente.
Alicia Moreau de Justo 1714
Puerto Madero
Ciudad de Buenos Aires
Argentina
www.sigalavaca.com

Um especial "muito obrigado" aos meus grandes amigos Marshal e Adreson que me cederam gentilmente algumas das imagens utilizadas neste post. As demais foram retiradas do Guía Óleo.