Menos é mais

Comecei esse post com um título que, na verdade, era uma frase muito usada por um cidadão chamado Ludwig Mies van der Rohe, um célebre arquiteto alemão. Comecei assim porque acho que a filosofia do "menos é mais" pode ser usada em quase todas as situações de nossa vida, principalmente aquelas que exigem a escolha de uma opção.

Muita gente - e na gastronomia, mais ainda - confunde complexidade com sofisticação. Para desespero dessa gente, cada vez mais o mundo nos prova que é justamente o oposto. Simples, de forma alguma, pode ser confundido com simplório. Ser simples é, por mais contraditório que isso possa parecer, complexo!

A simplificação de qualquer processo passa, diretamente, por abrir mão daquilo que é dispensável e que, no entanto, muitas vezes não parece ser. Vocês devem lembrar do post sobre o Omelete de Salsicha, de uns dias atrás. Ali eu já manifestava essa minha paixão pelo simples, por enaltecer o sofisticado dentro da simplicidade.

Pois bem, para minha (grata) surpresa, a Ilustrada da Folha de São Paulo de 23 de abril traz uma matéria intitulada "Na ponta da faca". A matéria fala sobre o picadinho, que segundo Janaina Fidalgo (que assina a matéria), "comida de mãe, picadinho é atração em cardápios de SP".

"Que prato superelaborado que nada. Tem dia que tudo que se quer é comida reconfortante, daquelas sem frescura e que não demandam esforço algum. De tão picadinha, a carne vai direto à boca. [...] Picadinho é assim. Comida cômoda, fácil de entender, fácil de gostar. Tanto é que ele foi se espalhando, sem preconceitos. O bar da esquina tem, o restaurante estrelado também.", segue Janaína.

Palmas pra reportagem da Folha, palmas pra simplicidade! E que saudade do picadinho da minha mãe... definitivamente to precisando ir pra Floripa passar uma temporada na casa dela!